quarta-feira, 11 de março de 2009

Hedera helix - uma homenagem...



Sob os nomes Hera, hereira, hedera, hera-dos-muros,... é conhecida a planta ornamental trepadeira Hedera helix (Araliáceas).

O termo Hedera deriva do latim haerere, e que significa "estar em anexo." Esta planta cresce em zonas temperadas do sul da Europa, Norte da África e Ásia.

A hera é uma trepadeira que pode chegar a 50 m de comprimento, de folha persistente e os seus frutos são umas bagas de cor negra. As suas folhas podem durar 2 a 3 anos na planta.


Podendo durar 300 a 400 anos é um símbolo de longevidade, sendo-lhe igualmente atribuído o símbolo da protecção, isto porque a hera escondia os duendes na sua profusa folhagem, protegia as casas dos espíritos malignos…

No filme “O Senhor dos Anéis”, os cavaleiros prendem a capa com uma folha de Hera.


Dela se fez igualmente um símbolo feminino que revela uma necessidade de protecção (os nomes vulgares que lhe são atribuídos são na generalidade femininos excepto em francês que se designa por um nome masculino: lierre).

Em fitoterapia são utilizadas as folhas, e também em alguns casos, o caule e as bagas.
São conhecidas as suas propriedades terapêuticas no tratamento de problemas respiratórios e como desparasitante, no tratamento de pediculose.
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Como homenagem ao Clube da Floresta Hedera helix, onde iniciei o meu contacto com as plantas em geral e com as árvores em particular... :)

Sobreiro centenário

Num dos passeios de fim-de-semana cruzei-me com este espécime centenário (indicado como tendo mais de 500 anos) na Freguesia de Veiros, em Estarreja e claro tive que entrar em contacto e tirar umas fotos, etc...


Apesar de já ser escuro penso que se consegue ver a sua grandiosidade, ao lado da Capela de São Geraldo.

Esta árvore foi classificada nos termos do Decreto-Lei n.º 28 468, de 15 de Fevereiro de 1938 e do Decreto-Lei n.º 100/93 de 2 de Abril de 1993 como de Interesse Público. (http://www.cm-estarreja.pt/main/seccao.php?s=sobreiro_centenario)


Cientificamente designado por Quercus suber L. , pertence à família das FAGACEAE. É característico pela folha persistente e pela sua casca, a cortiça. A cortiça protege o Sobreiro dos fogos e serve de abrigo a várias espécies animais e vegetais (musgos, liquenes e algas), para além da sua majestosa sombra.

Floresce geralmente de Abril a Maio, caindo as bolotas durante o Outono. A sua casca é renovada de nove em nove anos.
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Actualmente os Sobreiros são protegidos por legislação específica que proíbe o seu abate e a sua substituição por outras espécies.

No domínio cultural são várias as referências aos Sobreiros: na literatura, na poesia, na pintura, na arquitectura, na fotografia, na azulejaria na tapeçaria e artesanato e até na toponímia local.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A árvore mais "gordinha"

A árvore de tronco mais grosso é um Taxodium mucronatum ou cipreste mexicano.


A “gordinha” é conhecida como árvore de Santa Maria del Tule e fica no jardim da igreja com o mesmo nome, na cidade de Oaxaca, no coração do México.

O caule tem nada menos que 45 metros de circunferência, o que torna necessárias cerca de 30 pessoas, de mãos dadas e braços bem abertos, para dar a volta ao seu tronco.

Alguns botânicos acreditam que a árvore de Tule tenha mais de 2000 anos. Para evitar que a árvore de Tule tenha o mesmo fim de outro gigante cipreste mexicano, o El Sargento, que não resistiu à seca do solo e à poluição, foi construído um sistema de irrigação para a regar e uma cerca de ferro para a proteger.


Em Portugal podemos encontrar um exemplar desta espécie no Palácio do Freixo, no Porto.


Outros nomes pelo qual é conhecida: Cipreste mexicano, cipreste calvo de Montezuma, Montezuma Baldcypress, cipreste de Montezuma, Sabino.