quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Methuselah ... o resistente!


Este exemplar tem mais de 4700 anos e pode ser observado na Ancient Bristlecone Pine Forest, nas White Mountains, no Canadá.
A Ancient Bristlecone Pine Forest é formada por pinheiros Pinus longaeva, que viveram pelo menos 4.000 anos, uma grande parte deles mais de 4500 anos, e em 2008, Methuselah, o mais velho de todos, deve estar próximo dos 4800 anos. Digo próximo porque encontrei diversas datas mas todas apontam para mais de 4770 anos.

Pergunto-me...como será ter tantos anos? Tanta história passada...

Se esta árvore pudesse falar poderia dizer, por exemplo, que estava a crescer na época das Pirâmides de Gizé (2600 a.C.), ou que tinha uns 600 anos quando Stonehenge foi terminado (2000 a.C.). Sobreviveu a todas as eras e civilizações, tendo 4090 anos quando Cristóvão Colombo desembarcou na América (1492) e mais de 4500 anos no final da 2ª Guerra Mundial.
E continua a envelhecer...

Methuselah é a personagem mais velha da Bíblia, tendo chegado aos 969 anos. Avô de Noé, a sua morte é relacionada com o início do dilúvio, pelo que foi associada a uma profecia: quando alguém velho morre surgem as cheias (mais ou menos isto).
Actualmente é a designação atribuída a algo ou alguém que tenha um longo período de duração/vida.

Outra árvore, Prometheus, se não tivesse sido cortada em 1964, teria perto de 5000 anos e seria então a mais velha de todas.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

As árvores e os livros

As árvores são como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga